sexta-feira, 10 de abril de 2009

Um rolé de ferry

Uma das coisas que mais gosto é vivenciar novas experiências, certo? Por isso mesmo, ao ir para o trabalho de ontem, resolvi optar por um caminho diferente: de ferry.

Para quem não sabe, ferry é uma espécie de barco/balsa utilizado para pequenas viagens e/ou travessias de uma margem à outra de um rio/mar.

Eu já tinha conhecimento dessa balsa há um tempo atrás, pois Mário, meu ex acompanhante de quarto, já havia me mostrado algumas fotos do lugar, o que me deixou bem curioso para conhecer. Mas eu apenas esperei por um momento mais oportuno, já que eu não queria usá-lo à toa (apesar do preço quase gratuito; 2 rúpias - $0.40)

Bom, o lugar é horrível e nojento, para resumir. O acesso é feito através de umas vielas da favela até chegar onde se encontram o ferry e pequenas outras embarcações de pesca. O cheiro de "podre" dos peixes postos para secar debaixo do sol (em meio a entulhos) é tão forte que leva alguns poucos locais a usarem lenços para cobrir o nariz.



Imaginar uma gota daquele mar preto, fedido e cheio de lixo caindo em mim foi suficiente para me "embrulhar" o estômago, mas eu me "tranquilizei" (MENTIRA!!) ao ver uns indianos nadando entre um ou outro saco de lixo.

Depois de quase me arrepender e dar meia volta, resolvi encarar a aventura, literalmente. Primeiro, porque para subir na embarcação é colocada apenas uma tábua estreita e moleguenta, sem apoio algum ou segurança; segundo, porque aquilo mais parecia uma jangada "véia" do que qualquer outra coisa!


Depois de me equilibrar na tábua (rezando) e subir no ferry, vi uma criança quase cair na água, afinal, mesmo com gente ainda subindo, o barco já começara a navegar. Aliás, essa é a característica principal dos meios de transporte daqui. Pelo menos, tudo que experimentei e/ou vi, como ônibus, trem e ferry, percebi que as pessoas precisam "se virar" pra subir neles ainda em movimento.



A travessia é rápida, perto de 5 minutos, mas apenas em solo firme é possível se sentir seguro. Pra sair, enquanto uns pulam, outros sobem, deixando o que já é confuso ainda mais.



São, salvo, seco e em terra firme, segui meu caminho pro trabalho feliz, apenas refletindo na vida sofrida dos que dependem desses transportes públicos completamente precários.

5 comentários:

Anônimo disse...

Uma aventura a cada dia...meu Deus...e que ele te proteja...hehehe.Beijo meu lindo...Te Amo....Mamis.

Thaís C. J. Nogueira disse...

Primo!! muitas aventuras, aproveite... aproveito também para desejar-lhe uma feliz páscoa, cheia de paz, saúde e disposição para cada novo dia neste "mundo" que você vem descobrindo. Um enorme beijos e abraços..Thaís, Luciano, Yuri e Ygor.

michelle lee disse...

Haa,naun eh tao ruim assim vai,seu fresco bunitinhu,hsuahsuah,veja meu exemplo,to viva ainda naun to?kkkkk,inteira com todos os tecidos do meu corpo intactos,mas conta,naun te deu vertigem ao atravessar a ripa de madeira?

Anônimo disse...

manooooo.... c eu tivesse subido nessa tábua, ninguém mais subia no ferry!!!
hehehehehehehehehe!!!

novas aventuras, novas descobertas, novas experiências... ximba, aproveita muito, pois pro resto da tua vida tu levarás tudo isso!!!

fortíssimo abraço!

x

Li disse...

Que nojo!!!
bléee


=P


Bjo